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Templo da Humanidade
Como eu disse anteriormente, mudaram meu local de votação e eu tive que caminhar da Glória até o Catete. Deixei o carro na Rua Benjamim Constant e fui passeando e olhando tudo. Fiz um monte de fotos e já rendeu aqui o Bairro São Jorge. Não há como não olhar o Templo da Humanidade! Imponente. Além de diferentão, misterioso, pois nunca o vi funcionando. Inaugurado em 1896, as atividades estão suspensas, e o prédio tombado, em processo de restauração. Está interditado desde 2009 pela defesa civil, aguardando as obras para reabrir. O telhado, que tinha desabado, ficou pronto em 2018. Enquanto isso o único templo da Igreja Positivista do Brasil,…
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Itaiúba e Hicatú
Não consegui achar o significado destas palavras, não está nos dicionários indígenas disponíveis em uma pesquisa de internet. Icatú, sem o H seriam águas boas. A Itaiúba não retorna resultados precisos, apenas Itaituba, que é parecido, mas não é a mesma coisa, significa juntamento de pedrinhas. Isso pode indicar que os nomes foram criados apenas por sua sonoridade tupi. Talvez. Os Edifícios Itaiúba e Hicatú chamam atenção, como tudo no estilo art-déco, nunca indiferentes. Voltando da faculdade eu sempre passava por eles e pensava, que coisa diferente. Acho que minha amiga Adriana Nolasco trabalha em um deles, que se tornaram mistos de comercial e residencial. Atendendo a solicitações, Rua Senador…
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Bairro São Jorge
Para vocês verem como é possível mudar o nosso jeito de olhar as coisas. Como eu talvez já tenha dito, morei no Bairro da Glória. Um prédio sem garagem e durante um bom tempo eu tinha de que deixar a moto em uma garagem do Catete, e vinha andando até em casa. Lembro que vinha tão chapado que algumas vezes eu passava direto e ia andando até quase a Lapa! Dava raiva ter que voltar. Neste passo, passei por este trecho da Rua do Catete centenas de vezes. Ali ao lado morava também minha amiga de escola e hoje doutora arquiteta urbanista Rose Compans. E NUNCA reparei no Bairro São…
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Casarão na Princesa Januária
Dando continuidade as minhas observações diárias no meio do dia, e novamente contando com a colaboração luxuosa do Gabriel Eyer, após o almoço saímos passeando e fotografando por aqui. Informações novas, novas imagens, isso freia o tempo! Demos de cara com várias coisas, mas o Casarão da Rua Princesa Januária vem primeiro! Que construção interessante, uma pena que esteja bem detonada. As pesquisas não foram profundas, estou muito ocupado no trabalho, mas o famoso livro História das ruas do Rio de Janeiro – Brasil Gerson, diz que a esta Januária não seria a Sua Alteza Imperial Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga…
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Cantinho do Mar
“Existem praias tão lindas cheias de luz”, existem. Mas quantas tem o encantos que Copacabana possui? Minha amiga Tatiane diz que nenhuma em todo o mundo. Não tenho tanta certeza, existe muita beleza no mundo. Mas uma vez que todas são diferentes, ela pode ter razão, como Copacabana, não há. Bem vazio para o horário e para o dia, talvez pela pandemia, talvez pela falta de grana, Copacabana estava ótima para ser olhada, calma, tranquila, mas deu pena dos quiosques vazios. Claro que conheço a Colônia de Pesca Z-13 ali colada no Forte. Já saracoteei em quase tudo por ali, mas nunca tinha ido de noite até os barcos na…
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Gaffrée e Guinle
Neste feriado convidei a ilustre Joana Rei para um passeio de bicicleta aqui por perto. E o Gaffrée e Guinle é muito perto aqui de casa. Posso ver da minha janela o quase centenário hospital. É de 1929, daqui a pouco faz 100 anos. Sobre o gaúcho Cândido Gaffrée pouco se fala ou sabe por aqui. Na Wikipedia diz: “Em um curto espaço de tempo, entre 1870 e 1888, ele construiu rodovias no Nordeste e se tornou proprietário da maior fazenda de café de Botucatu, no interior de São Paulo, até ganhar, junto com Eduardo Palassim Guinle, a concessão para construir o Porto de Santos, pelo prazo de 92 anos. Morreu em…
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Santíssima Trindade
Ontem acordei muito interessado no assunto “percepção temporal”, um assunto incrível do campo da psicologia e neurociência. A experiência subjetiva da percepção do tempo, do nosso tempo, anda muito bagunçada. Todos reclamam de uma percepção acelerada. Tenho experiências próprias que me convencem de que esta percepção pode ser alterada e estudando sobre o assunto, li que uma das coisas que interferem nisto é “novidade”. Olhar a cidade, ver coisas diferentes todos os dias, enchem a nossa atenção e esta quantidade de informações novas é o que a teoria diz serem capazes de estender a nossa percepção do tempo, desacelerando-o. Bem, eu já gostava de olhar a cidade, agora vou olhar…
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Personagens misteriosos!
Hoje foi dia de visitar imóveis com a minha mãe, ela pretende mudar-se. Servindo de motorista e conselheiro, não muito bom nas duas funções, fomos ver umas casas aqui por perto, que ela já havia selecionado anteriormente. Uma delas, no aprazível bairro de Vila Isabel, é localizada em frente a uma pracinha. Como sempre, em praças cariocas, uma certa falta de cuidado, mas ainda assim bem bacana. Bucólica, sem muita gente, talvez pela pandemia. No centro da praça um monumento com 5 personagens. Como as placas de identificação foram todas roubadas, ficamos eu e minha irmã chutando quem seriam os personagens homenageados. Não acertamos nenhum!!! Quem seriam estes senhores? Sambistas…
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Almoço na Praia Vermelha
Hoje levei a cambada para almoçar em um dos lugares mais bonitos, simbólicos e sossegados da cidade, O Terra Brasilis, no círculo Militar da Praia Vermelha. Poucos sabem, mas o Pão de Açúcar era uma ilha, separada do Morro Cara de Cão. Vejam na imagem abaixo, ao centro, o Pão de Açúcar na entrada da Baía da Guanabara, representada como um Rio. Era a Ilha da Trindade, até que entre 1659 e 1660, o Governador Salvador Correia de Sá e Benevides aterrou a nesguinha, criando a Praia Vermelha. Nesta imagem abaixo fica mais fácil entender o terreno que foi aterrado para juntar a ilha ao continente. É incrível pensar que…
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Villa Aymoré
Em um lindo dia de sol, fresco e com o céu completamente azul, resolvi almoçar sozinho na Taberna da Glória. No início dos anos de 1980, morei na Glória e tenho um lembrança muito boa do lugar. Parei a Vespa ali na subida do Outeiro e entreguei-me a observação do local. Como é bonito e agradável. Em frente ao Palácio São Joaquim, onde o Papa discursou e onde mora atualmente meu amigo Dom Tiago. Quando morei ao lado, o palácio estava bem abandonado, hoje está pimpão. Novamente veio uma sensação de desperdício da história e visuais desta cidade que de fato tem motivos para ser chamada de maravilhosa. Ao sair…