OlhandoaCidade

Caindo aos Pedaços

Esta semana tive que ir ao Centro do Rio. Achei um estacionamento de moto vazio no Campo de Santana e me saí andando pelo Saara. É uma região muito sentimental para mim, que quando nasci, morava na Rua do Senado e frequentava o Campo para brincar e correr atrás das cotias.

Em frente ao Campo vi este prédio caindo aos pedaços, que pena. Não sabia o que ele foi e ao chegar em casa pesquisei um pouco para descobrir. Foi fácil, todos sabem de mais este desperdício na cidade. É de propriedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, que é pródiga em destruir prédios na cidade.

Antigamente foi o Instituto de Eletrotécnica e Escola de Comunicação da UFRJ. Hoje é um escombro pronto para pegar fogo, como a UFRJ parece gostar de ser lembrada. Tudo pega fogo na mão dela, como o Museu Nacional.

Uma pena, porque a região está razoávelmente sendo reconstruída, o Campo de Santana em estado razoável, o VLT lindão passando ali do lado, alguma coisa tem que ser feita para tentar salvar este prédio. A UFRJ é que não consegue, aquilo lá parece ser muito mal administrado nesta área de patrimônio. Uma pena. Tomara que este tenha salvação.

O VLT, lindão

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo® - www.motozoo.com.br -, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

5 Comentários

  • Claudio Pereira

    Cenários que o poder público tinha que voltar seus olhares para preservação da sua história. Se pertencesse ao simples mortal aí a prefeitura iria multar e obrigar a restauração mas como é da UFRJ vai se acabando e ninguém e cobrado,pena!

  • Paulo

    Triste. Não aprendem nem com o monstruoso erro do Museu Nacional.
    Estivéssemos fora dessa loucura de pandemia, poderia abrigar um hotel e ter um belo café aberto ao público.
    E aos poucos nossos vestígios europeus vão ruindo.

  • Rosa

    Que triste ver um prédio tão imponente abandonado por má gestão.
    Como bem disse o Cláudio Pereira, se fosse de um proprietário comum já teria sido leiloado.
    Espero que com a revitalização da região central da cidade a prefeitura dê um novo e digno destino a este prédio.

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