OlhandoaCidade

Bondinho de Santa Teresa

Nossa! Bem que a TV avisou que o domingo seria frio… eu acreditei. Mais ou menos. Porque resolvi ir fazer uma coisa que eu esperei sessenta anos para fazer, que é ir pegar o bondinho de Santa Teresa na estação Carioca. E passei muito frio!

Eu sempre soube que a estação era ali, já tinha passado algumas vezes na porta, muito poucas, mas nunca tinha entrado para conhecer. Sabem onde fica né? Ali ao lado do icônico prédio da Petrobras. Morri de frio e agora estou fungando aqui.

Eu já andei de bondinho, inclusive pendurado e sem pagar, mas de molecagem. Uma vez, muitos anos atrás, levei uma amiga para dar um rolé, mas foi de uma parada até outra, lá em cima de Santa, não descemos até a estação Carioca.

Hoje não, saí de casa já com a intensão de escrever um Olhando a Cidade e disposto a explorar todo o programa de turista. Levei comigo a Chris, que é quase turista!

Foi fácil parar o carro porque era domingo, frio e chuvoso, mas naquela ruazinha ali só tem umas 3 vagas disponíveis. Em dia normal de semana deve ser um inferno parar o carro nas redondezas. Talvez seja melhor usar o estacionamento da Catedral Metropolitana.

A estação é legalzinha, bem sinalizada, espaçosa. Tem um restaurante, que estava fechado, um pipoqueiro e alguns funcionários. O responsável pelas informações fala inglês, não o vi falando outra língua, mas os outros funcionários são monoglotas, o que atrapalha muito. As instruções que são fornecidas dentro do bondinho, por exemplo, foram imprestáveis para a maioria. A maioria hoje eram turistas. Ao meu lado uns canadenses, que estavam com frio, prá vocês verem que o frio estava realmente de arrepiar.

Instruções em grego, para a maioria.

A estação estava mais ou menos cheia, tivemos que entrar na fila e esperar até embarcarmos no nosso bondinho. O tíquete de ida e volta custa 20 reais. Estudantes uniformizados, moradores de Santa com a carteirinha de morador e maiores de 65 anos com CPF, não pagam.

O bondinho sobe até a parada Dois Irmãos, que fica ali no caminho do Silvestre, na entrada do morro dos Prazeres, quando em uma manobra de bancos, viram todos, o maquinista vai para o outro lado e o bondinho desce. O tíquete tem duas partes destacáveis, você destaca uma na ida, podes descer em qualquer estação e depois pegar ele na volta, usando a outra parte destacável. Ninguém desceu na ida, mas na volta a maioria dos turistas desceu no Largo dos Guimarães para comer ou fazer comprinhas. Nós, congelados, não nos arriscamos, até porque outro dia mesmo almoçamos ali.

O bondinho é lindo, é forte, sobe na maior pressão. Sacode um pouco mas nada demais. No início vê-se mais o casario antigo típico de Santa Teresa, mas lá na rua Almirante Alexandrino a vista é magnífica para a Zona Norte da cidade, onde vê-se bem ao fundo o Maracanã e outros pontos da cidade. Em primeiro plano as grandes favelas que sobem o morro. Eu acho feio, mas os turistas adoram.

Foi legal, recomendo para quem está recebendo um amigo na cidade. É um Rio de Janeiro diferente, quase exótico. Bem histórico. Uma pena o casario antigo estar tão detonado, o Rio é muito pobre… era para ser um bairro muito mais lindo e conservado, se as famílias herdeiras fossem mais prósperas. Esperei 60 anos, mas curti bastante!!!

Curtam o álbum de fotos abaixo

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo® - www.motozoo.com.br -, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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