
O Cisne Branco
Eu, desde menino, adoro visitar os navios ancorados no Porto do Rio de Janeiro. Lembro-me de pirralho, com uns 10 anos, ficar marcando quando navios de guerra chegavam ao Rio de Janeiro. Parece-me que é uma tradição abrir visitação pública e, como era grátis, eu não perdia uma. Visitei vários navios de guerra americanos, um inglês e um francês, além de ter visitado nossa ex nau capitânea, o Minas Gerais.
Hoje eu soube que o Cisne Branco estaria aberto para a visitação até amanhã e não perdi tempo, fui lá conferir. Tive um dia super cheio de coisas, mas abri espaço na marra para ir lá conferir.

O navio é lindo e nem é tão velho assim. o U-20 Cisne Branco é o terceiro navio (segundo veleiro) na nossa marinha a ter este nome. Este de agora foi incorporado a nossa marinha em 9 de março de 2000, dia da largada da regata Internacional Comemorativa aos 500 anos do Descobrimento, que partiu de Lisboa, no mesmo dia da partida de Pedro Álvares Cabral. Ele foi encomendado pela Marinha Brasileira exatamente para isso, foi construído na Holanda no tempo recorde de 1 ano e 3 meses. Tem este nome em homenagem ao hino da marinha e a figura do cisne significa uma feliz travessia e um bom augúrio.
Parei a moto um pouco distante e vim andando pelo Boulevard Olímpico, que é uma beleza. O dia estava lindo e o local permanece muito bonito. Uma pena o Rio de Janeiro não ter uma vitalidade econômica capaz de explorar dinamicamente a localidade, fica tudo meio paradão, mas muito bonito.
O navio está ancorado do lado direito do Museu do Amanhã, e tem uma longa fila para ter o acesso. Fila de turistas e de “coroas”, mas anda rápido. Você tem acesso ao convés, não entra no interior do barco, que é grande e deve ter vários salões e quartos bem legais. Mas é legal passear “só por cima” também. A manutenção é nota 9.5, não dou 10 porque sou chato e reparei em detalhes de madeira quebrados. Adoro velejar e andar neste bichão a todo pano deve ser uma experiência incrível.
O Cisne Branco é empregado em atividades de representação nacional e internacional. Também conhecido como “embaixada flutuante”. Representa a Marinha e o Brasil em diversos eventos náuticos que ocorrem todos os anos, mostrando a bandeira do Brasil onde quer que vá.

Cansei um pouco de ficar em pé na fila, e cansei de passear pelo convés. Depois cansei de ir até a moto, que como eu disse, parei meio longe para ir passeando. Tou ficando coroa também e tenho que dosar minhas forças, kkkkk.
Como a visita acaba amanhã, não deve dar tempo para você ir visitar desta vez. Mas anote aí, em uma próxima vez pode ser uma tarde legal, diferente e gratuita!!!
“Qual cisne branco que em noite de lua Vai deslizando num lago azul.
O meu navio também flutua
Nos verdes mares de Norte a Sul.
Linda galera que em noite apagada Vai navegando num mar imenso
Nos traz saudades da terra amada Da Pátria minha em que tanto penso.
Qual linda garça que aí vai cruzando os ares Vai navegando
Sob um belo céu de anil
Minha galera
Também vai cruzando os mares Os verdes mares,
Os mares verdes do Brasil.
Quanta alegria nos traz a volta À nossa Pátria do coração Dada por finda a nossa derrota Temos cumprido nossa missão.”
Letra: SG MB Benedito Xavier de Macedo
Música: 1SG EB Antonino Manuel do Espírito Santo
Curtam o album de fotos do dia:















































4 Comentários
Christina Carvalho
Que bom poder conhecer o Cisne Branco através do seu olhar. Você é o meu historiador preferido!
Mário Barreto
Também te amo!
Osmar Antônio Ribeiro Martins
Lindo, tanto de perto como de longe e me parece que os alunos do último ano da Escola Naval fazem a volta ao mundo no Cisne Branco, me corrija se estiver errado
Mário Barreto
Como eu escrevi, este é o terceiro Cisne Branco. O anterior foi para a Escola Naval e lá ficou até o ano passado. Acho que é neste Cisne Branco “velho” que os alunos viajavam, mas temos que pesquisar.