Capelinha do Catumbi
Vendo aqui umas fotos antigas no meu computador e achei estas fotos da capelinha que tem lá dentro do cemitério do Catumbi, oficialmente o Cemitério da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula.
Como não estava passeando por lá, não foi um dia feliz, fomos lá enterrar a mãe do meu compadre. Eu nunca tinha entrado neste cemitério. Com 59 anos de idade, perdi a conta de quantas vezes fui ao São João Batista, ao Cajú, a Inhaúma… no Catumbi foi a primeira e única vez.
O Catumbi, segundo Nelson Rodrigues o bairro que virou viaduto, foi um local muito mais bacana no passado, e que foi meio destruído com a construção do túnel Santa Bárbara e suas vias de acesso.
Catumbi significa rio na sombra, em Tupi. O Rio, que desce do Morro do França, deve estar lá enfiado por baixo da terra até hoje, canalizado que foi para as obras, indo desaguar no canal do Mangue e de lá para a Baía da Guanabara.
Cercado de morros pelos cinco lados, ao chegar lá na capelinha senti uma boa sensação de silêncio e tranquilidade. Chegou a ser estranho, porque o cemitério não é tão grande a capela não é afastada assim.
Não achei nada específico sobre esta capela na Internet, incrível, só sobre o cemitério. Construído em 1850, o cemitério foi local de sepultamento de personalidades, como Duque de Caxias, em 1880 (posteriormente transferido para o Pantheon, na Avenida Presidente Vargas, em 1949), o Barão de Mauá, Francisco Manoel da Silva, maestro que compôs o Hino Nacional, além de barões, baronesas, viscondes e viscondessas – o cemitério foi o mais utilizado pela nobreza do Império.
Espero que vocês nunca precisem ir lá, mas se forem, dêem uma olhada na capelinha e me digam se acharam silencioso e tranquilo como eu achei…
Mário Barreto
Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestas em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo® - www.motozoo.com.br -, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto
2 Comentários
Francisco Pires
Sim, muito singela e bela, essa capela do Catumbi… Transmite sim uma sensação de paz e tranquilidade.
Catumbi, Rio na sombra, quanta história soterrada…
Maria Inês Barreto da Costa
Fui lá só uma vez, dar uma força pra minha amiga no enterro de seu pai. Me lembro de achar tudo muito pequeno, em relação aos outros cemitérios do Rio. Inclusive a Capelinha, pequenina, mas muito bonitinha. Lindas fotos!