São Sebastião dos Capuchinhos
E chegamos ao centésimo post aqui do Olhando a Cidade. Demorou um pouco a sair este, não porque eu estava preocupado em produzir algo especial… para mim todos os posts são iguais, não há nenhuma pretensão neles e no Olhando a Cidade. Escrevo porque gosto, porque me faz bem e eu adoro olhar a cidade. O primeiro que fiz, foi postado em 27 de agosto de 2020, e hoje, 30 de maio de 2024, posto este centésimo.
Tenho passeado pouco e tenho a sorte de estar morando em um bairro enorme, antigo e cheio de coisas para olhar. Sendo assim, sem fazer muita força passei inúmeras vezes na minha vida pela porta do Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, aqui na Rua Haddock Lobo. Inclusive é um dos caminhos para o escritório. Haddock Lobo foi um médico português e político brasileiro com inúmeras contribuições para a cidade. Como médico, foi o primeiro a usar a anestesia no Brasil, em meados dos anos de 1800, entre outras coisas importantes que fez. Tenho um amigo Haddock Lobo, o piloto de MX Augusto “Alemão Haddock Lobo, que inclusive operou a perna recentemente e eu espero que esteja recuperando bem.
Apesar de grande, não me impressiona muito por fora não está assim muito bem cuidada. Precisa de uma reforma. Por dentro é bonita e cheia de detalhes lindos. Esta não é a primeira Igreja de São Sebastião, o padroeiro da cidade, aqui do Rio de Janeiro. Ela era localizada no desmontado Morro do Castelo, junto com os frades capuchinhos, que tiveram que mudar para este novo local na Tijuca. Esta nova igreja em estilo neo-bizantino e neoromânico tem o interior ricamente decorado com mosaicos, mármores coloridos e lindos vitrais. O altar-mor, uma lindeza, é um projeto do italiano Ricardo Buffa, que também alterou a fachada nos anos entre 1941 e 1942. Também tenho amigos de duas famílias beneméritas esculpidas em placas de mármore na igreja, a Sonia Maria Colonese, que estudou comigo, e os Peixotinhos, herdeiros dos Peixotos de Castro, que tinham uma linda casa ali pertinho. Soninha morava perto também.
Para a Tijuca foram transferidos objetos históricos e artísticos muito importantes para a cidade, com o Marco de Pedra da Fundação da Cidade, a imagem original de São Sebastião da igreja anterior e a lápide do túmulo de Estácio de Sá. Em 1931 os restos mortais foram transladados para lá, mas os restos mortais fizeram outra viagem e hoje encontram-se no Monumento a Estácio de Sá, projetado por Lúcio Costa e está no Aterro do Flamengo.
Fizemos uma visita rápida e não ficamos para a missa. Chris escreveu uma linda mensagem no livro de Intensões na recepção da Igreja. Demos uma volta completa admirando todas as imagens, o lindo tapete de sal de Corpus Christi, fiz este monte de fotos e olhei bastante os inúmeros detalhes da Basílica. Dia 12 de Junho será a sua festa junina, talvez uma boa data para que você vá lá olhar também!!!
Vejam agora as fotos que fiz deste passeio, espero que curtam:
Um comentário
Maria Inês Barreto da Costa
Centésima postagem! Parabéns!!!
E muito obrigada.
Adoro “nossos” passeios pela cidade maravilhosa.
A Basílica é linda mesmo. E a festa junina lá é imperdível. Sem falar na procissão de 20 de janeiro.