Angu do Gomes
E hoje o meu sócio Nakamura, do nada, me mandou uma mensagem no WhatsApp convidando para almoçar no tradicionalíssimo Angu do Gomes, ali no Largo da Prainha. E sabem que eu nunca tinha comido lá? Eu fui um adolescente bem fresco com comida e tinha “nojinho” do angu que era servido nas barraquinhas do Angú do Gomes que tinham espalhadas pela cidade. Nos anos 70, chegaram a ter 80 barraquinhas espalhadas pela cidade e eu não comeria lá nem a pau.
Depois, quando eu estudava na Escola Técnica Federal, hoje CEFET, tive como companheiro de classe e amigo o Ricardo Magnani, que segundo constava em minhas lembranças, era filho de um dos sócios. O pai dele também explorava a cantina da escola, onde dávamos golpes mil para comer de graça.
Já sentado esperando o japonês, sempre atrasado, falei com o Jânio, outro companheiro de classe e ele me confirmou, o Magnani era realmente filho do sócio que não era o Gomes, e que uma pequena e rápida pesquisa indicou como sendo o Sr. Basílio. Leiam clicando aqui uma reportagem sobre o assunto.
Enquanto esperava pedi um pastel e um chopp, que vieram perfeitos – cuidado com a pimenta, é forte.
Já com o Naka na mesa, incomodamos uma funcionária da casa, perguntando sobre o “filho do Sr. Basílio”, se era o Magnani mesmo e etc e tal. Ela, que estava usando um rádio, falou com o tio dele, que confirmou tudo e ainda me deu o telefone do meu amigo. Vou ligar prá ele. Já liguei e não consegui falar, perdi o desconto na conta!!
Dia lindo, céu muito azul e o centro do Rio está maravilhoso. Histórico, com pouco movimento, colorido, razoávelmente conservado, uma beleza. Alguns anos atrás eu estive zanzando por ali com minha turma do curso de história da Unirio. Subimos e descemos o morro, conhecemos todos os pontos históricos da região, foi um dia bem legal.
Voltando ao restaurante, hoje não tenho nojinho de quase nada e pedimos o angú do Gomes. O cardápio é saboroso mas ir lá pela primeira vez e não pedir o angú é sacrilégio. Não é caro e tem em dois tamanhos. Pedimos o pequeno, “para provar”. Uma delícia, não recomendo. Peçam logo o grande, vale a pena.
Após o almoço, demos uma voltinha, subimos uma ladeirinha, passamos por detrás da igreja e descemos por outra ladeirinha. Vejam no álbum de fotos abaixo, tudo muito legal.
Obrigado Nakamura pelo convite, foi um almoço bem divertido, cultural e bacana. Recomendo!
4 Comentários
Rosa Amaral
Maravilha, primo!
Deu vontade de saborear o angu do Gomes!
Parabéns!!!!
Mário Barreto
Recomendo, é bom, bonito e barato.
Maria Inês Barreto da Costa
Nossa! Bateu uma saudade….
Fui umas (poucas) vezes com o papai, numa barraquinha do Angú do Gomes na Praça XV. Papai adorava. Eu, nem tanto assim. Também tinha “nojinho” das carnes estranhas. Mas me lembro que o caldinho sobre o angú era delicioso.
Mário Barreto
Pois é, eu comi o Angú com Carne moída e azeitona. O tradicional é com várias carnes, que incluem coração e miolos… não curto!!!! Legal, este Angú é a cara do Seu Bento.