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Olhando a Praia de Mauá

Tem tempo que eu estava planejando ir até a Praia de Mauá olhar como está o lugar. Não ia lá tem mais de 40 anos e toda vez que passava na estrada indo para Teresópolis eu via a placa e pensava… tenho que ir lá! Hoje tentei convidar minha filha para ir comigo, mas ela não pôde ir. Preferi não convidar mais ninguém, porque não parecia ser um programa atraente.

É uma localidade histórica, pois ali o Barão de Mauá instalou a primeira linha férrea do Brasil, onde o Imperador D. Pedro II chegava de barco, vindo do Centro do Rio, e pegava um trem para Petrópolis. Pois é, o Brasil já teve uma das maiores malhas férreas do Mundo e tudo isso enferrujou, sendo trocada por uma malha rodoviária esburacada.

A Praia de Mauá é distrito de Guia de Pacobaíba, que eu não sei o que é de Magé, um município pobre, mas com muita área. Um local que é naturalmente belíssimo, mas com a maior cara e jeito de abandonado. Logo na entrada, em uma rua que vai da estrada até o centro de Mauá, uma estrada cheia de quebra-molas que parecem obstáculos de motocross, de tão altos. Certamente algum dos Cozzolinos tem uma loja de amortecedores por lá, só pode. Nesta estrada existem várias sedes campestres de sindicatos, tipo sítios com piscinas e campos de futebol.

Eu estava decidido a ir de cara conhecer o Parque Natural Municipal Barão de Mauá. Nascido do grave acidente ecológico de 2000, quando a Petrobras derramou mais de 1 milhão de litros de óleo nas águas da Baia da Guanabara, o parque foi criado para recuperar o eco-sistema de manguezais do fundo da baía. Através da lei 10.534/2024, o parque foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Material Histórico, Cultural, Turístico e Paisagístico do Estado do Rio de Janeiro.

É bem legal. Tem 1 quilômetro de passarelas suspensas sobre os manguezais, bem conservado, e o Guia, o Diretor do Parque, Sr. Manto, é muito legal. É visual muito diferente e interessante, Curti muito as explicações do passeio guiado, subi na torre de observação, vi alguns carangueijos. Não vi muitos porque eles são tímidos.

Ao sair do Parque, fui olhar o Complexo Ferroviário da Estação de Guia de Pacobaíba. Fiz umas fotos e curti o visual diferente, de onde é possível ter uma vista da Baía da Guanabara onde em uma olhada só você consegue ver Paquetá, Ilha do Governador, Cristo Redentor, Pão de Açúcar e Pedra da Gávea, além de toda a montanha da Tijuca.

Depois fui olhar a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, que estava aberta, mas sem mais missas para hoje, pois as missas são revezadas entre ela, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Guia de Pacobaíba e a Capela de São Francisco do Croará. Todas ali na Praia de Mauá.

Faltou ir olhar algumas outras atrações no local, mas dei-me por satisfeito e resolvi voltar. É bem pertinho, são apenas 58 quilômetros do Rio de Janeiro. Fiz 85 fotos e curti muito ir olhar esta cidade.

Curtiram?

Publicitário, Designer, Historiador, Jornalista e Pioneiro na Computação Gráfica. Começou em publicidade na Artplan Publicidade, no estúdio, com apenas 15 anos. Aos 18 foi para a Propeg, já como Chefe de Estúdio e depois, ainda no estúdio, para a Agência da Casa, atual CGCOM, House da TV Globo. Aos 20 anos passou a Direção de Arte do Merchandising da TV Globo onde ficou por 3 anos. Mudando de atuação mais uma vez, do Merchandising passou a Computação Gráfica, como Animador da Globo Computação Gráfica, depois Globograph. Fundou então a Intervalo Produções, que cresceu até tornar-se uma das maiores produtoras de Computação Gráfica do país. Foi criador, sócio e Diretor de Tecnologia da D+,depois D+W, agência de publicidade que marcou uma época no mercado carioca e também sócio de um dos primeiros provedores de internet da cidade, a Easynet. Durante sua carreira recebeu vários prêmios nacionais, regionais e também foi finalista no prestigiado London Festival. Todos com filmes de animação e efeitos especiais. Como convidado, proferiu palestras em diversas universidades cariocas e também no 21º Festival da ABP, em 1999. Em 2000 fundou a Imagina Produções (www.imagina.com.br), onde é Diretor de Animações, Filmes e Efeitos até hoje. Foi Campeão Carioca de Judô aos 15 anos, Piloto de Motocross e Superbike, mantém até hoje a paixão pelo motociclismo, seja ele off-road, motovelocidade e "até" Harley-Davidson, onde é membro fundador do Museu HD em Milwaukee. É Presidente do ForzaRio Desmo Owners Club (www.forzario.com.br) e criou o site Motozoo® - www.motozoo.com.br -, onde escreve sobre motociclismo. É Mestre em Artes e Design pela PUC-Rio. Como historiador, escreve em https://olhandoacidade.imagina.com.br. Maiores informações em: https://bio.site/mariobarreto

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